De clique em clique, construo uma história que também faz parte do jogo
Mais um “gol” marcado na minha trajetória como fotógrafo esportivo — desta vez com um significado especial. Tive a honra de ter meu trabalho selecionado por uma das instituições mais respeitadas e simbólicas do nosso país quando se trata de futebol: o Museu do Futebol.
Para mim, que dedico minha vida a documentar o esporte com alma, estar presente nesse espaço de memória, cultura e emoção é mais do que um reconhecimento — é uma conexão direta com tudo que me move como artista e contador de histórias visuais.
De "gol em gol", sigo construindo uma carreira sólida. Não baseada em modismos ou fórmulas prontas, mas em seriedade, consistência, entrega e um olhar verdadeiramente autoral. Porque fotografar futebol vai muito além de capturar lances. É perceber a intensidade de um olhar, a tensão antes do chute, a vibração da torcida ou a solidão do atleta em silêncio. É transformar instantes em legado.
Minha fotografia tem sido reconhecida por seu traço marcante: o preto e branco expressivo, os contrastes intensos de luz e sombra, e uma abordagem quase pictórica, que remete aos mestres da pintura como Caravaggio e Rembrandt, minhas grandes inspirações visuais. É esse estilo que tem me permitido trazer uma narrativa diferente para o esporte — mais poética, mais humana, mais eterna.
Ao longo da caminhada, venho acumulando marcas importantes:
Fui eleito o segundo melhor fotógrafo esportivo das Américas pelo prestigiado concurso da AIPS (Associação Internacional da Imprensa Esportiva), um reconhecimento que me enche de orgulho e confirma que estou no caminho certo.
Tive a honra de retratar lendas do esporte, como Pepe, Coutinho, Neymar e tantos outros personagens históricos do Santos FC, clube com o qual tive uma forte ligação durante minha atuação na comunicação oficial.
Meu trabalho também tem ganhado destaque por documentar atletas contemporâneos com autenticidade, mostrando não só o que eles fazem em campo, mas quem eles são fora dele — seus treinos, suas rotinas, suas conquistas silenciosas.
Cada clique que faço carrega um propósito maior: valorizar o futebol como arte, documentar o legado dos que fazem história e emocionar com imagens que não se apagam com o tempo.
Ver meu trabalho exposto ou reconhecido não é apenas uma conquista individual. É a prova de que vale a pena seguir com verdade, com ética, com paixão. É a confirmação de que o invisível — aquele instante que passa em milésimos de segundo — pode ganhar voz através da fotografia, quando feita com alma.
Sigo com os olhos atentos, com o coração no jogo e a câmera sempre pronta. Porque acredito que o futebol também se joga com luz, sombra, composição e emoção. E se depender de mim, cada capítulo dessa história terá uma imagem à altura do que representa.
Gratidão por cada passo até aqui. E que venham os próximos “gols” — dentro e fora de campo.